Inauguro esse blog falando sobre a literatura de cordel, uma espécie de poesia popular, surgida da oralidade e que mantém uma linguagem simples e bem rimada que ilustra os mais diversos ocorridos no cotidiano. Impresso em livretos com muitas gravuras que variam de 8, 16 até 32 páginas e normalmente é confeccionado, divulgado e vendido pelo próprio autor.
O cordel origina-se na Idade Média e chega ao Brasil com os portugueses, estes já expunham as poesias em cordões (daí o nome) para serem vistas por todos em mercados populares ou nas ruas. No Brasil, até o século XVIII o cordel ainda ficava na oralidade do povo nordestino, só a partir de meados do século XIX começou a confecção do cordel impresso dando maior visibilidade a essa modalidade e os autores dessa literatura ficaram conhecidos como poetas de bancada ou de gabinete,
Os nossos cordelistas brasileiros destacam-se pela rica e extensa produção e por tratar dos mais diversos temas em seus versos. Como futura pedagoga escolhi o cordel "Nos Caminhos da Educação" de Moreira de Acopiara para apreciação:
[...]
É que os cordéis sempre são
Histórias bem trabalhadas,
Possuem linguagem fácil,
Estrofes sempre rimadas,
Versos sempre bem medidos,
Palavras cadenciadas.
E eu que nasci no sertão
E no sertão fui criado,
Estou à vontade, pois
De casa para o roçado
Foi através do cordel
Que fui alfabetizado.
E quando fui para a escola
Já tinha boa noção.
Hoje, após ler muitos livros
Já cheguei à conclusão
De que é muito relativo
O assunto EDUCAÇÃO.
[...]
Como disse Paulo Freire,
Um homem muito sabido:
Educação e cultura
Dão à vida mais sentido!
E educar é libertar
De uma vez o oprimido.
O oprimido só sofre
Porque não tem condição
De se defender dos laços
Perversos da opressão.
E o opressor só oprime
Por não ter educação.
Um analfabeto é,
A meu ver, um sofredor
Que é facilmente oprimido.
Mas já disse o professor:
“A educação liberta
Oprimido e opressor”.
Eu estou muito à vontade
Para entoar tal refrão
Porque também já senti
Os efeitos da opressão
Num momento em que eu não tinha
Acesso à educação.
[...]
Nos Caminhos da Educação
[...]
É que os cordéis sempre são
Histórias bem trabalhadas,
Possuem linguagem fácil,
Estrofes sempre rimadas,
Versos sempre bem medidos,
Palavras cadenciadas.
E eu que nasci no sertão
E no sertão fui criado,
Estou à vontade, pois
De casa para o roçado
Foi através do cordel
Que fui alfabetizado.
E quando fui para a escola
Já tinha boa noção.
Hoje, após ler muitos livros
Já cheguei à conclusão
De que é muito relativo
O assunto EDUCAÇÃO.
[...]
Como disse Paulo Freire,
Um homem muito sabido:
Educação e cultura
Dão à vida mais sentido!
E educar é libertar
De uma vez o oprimido.
O oprimido só sofre
Porque não tem condição
De se defender dos laços
Perversos da opressão.
E o opressor só oprime
Por não ter educação.
Um analfabeto é,
A meu ver, um sofredor
Que é facilmente oprimido.
Mas já disse o professor:
“A educação liberta
Oprimido e opressor”.
Eu estou muito à vontade
Para entoar tal refrão
Porque também já senti
Os efeitos da opressão
Num momento em que eu não tinha
Acesso à educação.
(Clique aqui, Encontre este Cordel Completo e Outros)
Encerro por aqui,
Até a próxima!
Dicas:
1. Quer conhecer mais sobre cordéis?
Visite o site: Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
2. Você é educador (a)? Segue uma dica de plano de aula do Portal do Professor sobre o tema
Autora: Maria Carolina da Silva
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