sábado, 29 de outubro de 2016

Inclusão Digital X Exclusão Social




Quando olhamos rapidamente para essa foto podemos sentir uma certa indignação, como pode, pessoas em condições sociais precárias, sem as necessidades básicas supridas (panela rachada, criança e mulher sem sandálias, sem contar a seca e provavelmente a fome), mas que receberam um recurso tecnológico para fazer parte da inclusão digital?
Esse é um pensamento excludente, pois se mantém um discurso que sustenta a exclusão social e também excluídas digitalmente das pessoas.

"Um excluído digital tem três grandes formas de ser excluído. Primeiro, não tem acesso à rede de computadores. Segundo, tem acesso ao sistema de comunicação, mas com uma capacidade técnica muito baixa. Terceiro, (para mim é a mais importante forma de ser excluído e da que menos se fala) é estar conectado à rede e não saber qual o acesso usar, qual a informação buscar, como combinar uma informação com outra e como a utilizar para a vida. Esta é a mais grave porque amplia, aprofunda a exclusão mais séria de toda a História; é a exclusão da educação e da cultura porque o mundo digital se incrementa extraordinariamente" (CASTELLS, 2005 apud BONILLA)

Outro ponto a ser observado, então, é como as políticas públicas de inclusão social são compensatórias e que muitas vezes são usadas de  forma superficial, quantitativa, sem observar a realidade de quem deveriam ajudar. O principal aqui seriam os números para serem mostrados diante o Livro Verde, afinal "todos" deveriam se integrar aos novos aparatos tecnológicos, mas será que tais políticas públicas realmente querem que eles tenham senso crítico para utilizar tais ferramentas, será que eles vão ao menos conseguir usar o mínimo deste recurso? 
Por fim, cabe ressaltar que para diminuir a exclusão digital tem que ter estrutura para receber o equipamento, pessoas para instruir e mediar a utilização dessa recurso. Afinal, que suposto investimento é esse, que sem pessoas qualificadas para usar e ensinar ao usar, o aparelho ficará entulhado, esquecido e obsoleto para utilização dentro de sua finalidade de auxílio para a cidadania!

"A comunicação é um direito humano básico e, na sociedade contemporânea, ela se efetiva através das tecnologias de informação e comunicação. Logo, o direito ao acesso às TIC e a liberdade de expressão e interação em rede passam, efetivamente, a compor o contexto da constituição da cidadania contemporânea"(BONILLA)


Referência:
BONILLA, Maria Helena Silveira; OLIVEIRA, Paulo Cezar Souza de. Inclusão Digital: Ambiguidades em Curso.

A História das Coisas


Que tal pensar um pouco sobre o meio ambiente e o sistema capitalista?

Assista ao vídeo A História das Coisas, que avalia como o nosso modo de vida é limitado e o mundo tem recursos finitos, o que acaba por sendo esquecido nesse sistema integrado, diante da ganância das grandes corporações.




Que tal pensar um pouco mais sobre o capitalismo e o consumismo numa perspectiva educacional? Assista o próximo vídeo!



Mídia-Educação



Você gostou do tema Mídia-Educação? Segue mais vídeo e indicações de leitura, aproveite!




Para analise e discussão sobre o tema, deixo um trecho do texto de Fantin:
"- Contexto metodológico ou tecnológico: a ME é pensada no sentido de fazer educação com as mídias, e se configura a partir de uma visão instrumentalista das mídias no âmbito da metodologia didática. A ME nesta perspectiva é considerada um recurso para a educação reinventar a didática ensinando com outros meios, visando superar o esquema tradicional e substituir o suporte do livro texto através do uso do cinema, de programas televisivos, etc. [...]
-Contexto crítico: a ME atua no sentido de fazer educação sobre as mídias ou educação para as mídias, envolvendo diversas instâncias educativas. Fazer ME nesta perspectiva significa a capacidade de transmitir mensagens a um público influenciando-o no seu modo de agir e pensar. [...] Tal perspectiva insere-se numa pedagogia moral e numa concepção “inoculatória”, que através da leitura crítica ideológica das ciências sociais, pretende defender os usuários, cultivar o gosto e conscientizar os sujeitos.
-Contexto profissional ou produtivo: a ME é entendida no sentido de fazer educação através dos meios ou dentro das mídias envolvendo também a área de formação profissional. Fazer ME nesta perspectiva significa utilizar as mídias como linguagem, como forma de expressão e produção, pois assim como não se aprende a ler sem aprender a escrever, não se faz ME só com leitura crítica e uso instrumental das mídias, sendo necessário aprender a “escrever” com as linguagens das mídias".




Observe que muitas vezes só encontramos nas escolas o contexto metodológico na utilização da mídia, usando-a apenas como recurso pedagógico. Devemos nos atentar para o contexto crítico, que deve ser sempre trabalhado pelos professores para o desenvolvimento da leitura crítica dos diversos meios de comunicação pelos alunos. E por fim, ressalta-se o contexto produtivo, ensinando através das mídias e deixando clara a importância das tecnologias para a cidadania.



Referências:

BÉVORT; Evelyne; Maria Luiza, BELLONI. Mídia-Educação: Conceitos, História e Perspectivas. - Super Indico esse Texto!!!



Mídia: Recurso Pedagógico e Educação para Mídias


Você já pensou na utilização das mídias na escolas? Veja os vídeos e entenda as propostas de como usar a mídia que perpassam a simples aplicação como recurso pedagógico, levando o indivíduo a um pensamento crítico e principalmente a tornar a mídia como objeto de estudo, trabalhando com, preparando o indivíduo para a cidadania.



Programa O Público na TV 60 - 2º Bloco sobre Leitura Crítica da Mídia




Programa Salto para o Futuro - TV Escola sobre Midiaeducação e Currículo Escolar




Trecho do Seminário Internacional Infância e Comunicação: Direitos, Democracia e Desenvolvimento






Aproveite!!!

O que é Cybercultura?

Olá, Galera.

Hoje vou discorrer sobre a Cybercultura! Mas antes cabe reforçar que o cyberespaço, conforme Lévy, marca o movimento social atual, através do desejo de comunicação recíproca e da inteligência coletiva, não sendo apenas uma estrutura técnica mas uma ligação física entre as pessoas.

O que é Cybercultura?

Para Lemos a cibercultura pode ser compreendida "como a forma sociocultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônica que surgiram com a convergência das telecomunicações com a informática na década de 70". A cultura contemporânea está marcada pelas mais diversas tecnologias digitais e já nos acostumamos a utilizar o prefixo ciber para determinar essa nova era histórica.